Esclarecendo - Nanga Parbat

Mensagem enviada pelo Eduardo Max, para a lista de e-mail do GRAAL, em 10/12/2009.
grande abraço
andré


André,
A história é bem simples e dá para entender facilmente a atitude do Messner, quando ele resolveu acelerar os passos e o irmão ficou para atrás. O Messner acompanhou o irmão durante a descida da parte mais perigosa, quando o terreno ficou tranquilo, ele acelerou o passo. Ele tomou essa atitude durante a descida quando não havia mais perigo de greta e abismos. Por causa do irmão, ele passou uma noite lá em cima sem estarem preparados...quase que ficaram lá para sempre. Caso o Messner ficasse acompanhando o irmão o tempo todo, a avalanche teria levado os dois.



O Messner era de uma família grande onde o irmão mais velho tomava conta o imediatamente mais novo. Eles eram parceiraços de escaladas, desde de moleque. Depois que estava tranquilo, o Messner acelerou os passos e ficou aguardando o irmão na beira de um rio... só que o cara não chegava... o Messner voltou e encontrou um resto de avalanche... você já parou para pensar na dor e peso na co nsciência que o Messner carregou a vida toda e ainda deve carregar? Perdeu o irmão, amigo e parceiro... que culpa ele deve carregar (talvez tenha se curado, sei lá).

Para finalizar, o Messner não curtia alta montanha, pois tem que andar muito. O cara curtia era parede vertical mesmo. Depois deste evento, ele teve um dedo do pé amputado e, quando voltou a escalar em rocha, ele sentia dor no pé. Ele fazia umas paradas muito foda mesmo e aí meu camarada, escalar sentindo dor no pé não dá velho. Por causa disso ele migrou para alta montanha.

Um detalhe.... tudo começou devido ao sinal enviado, via foguete sinalizador, pelo do campo base sobre as condições do tempo pra o dia do ataque ao cume...sinalizaram de forma errada e aí tem testemunha de todos os membros da equipe, não há controvérsia neste episódio do sinalisador

Sds,
Eduardo Max

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