Morre Fábio Muniz

André Moreira e Fábio Muniz, Rio de Janeiro, 2008
Morreu hoje, aos 42 anos, o grande escalador Fábio Muniz, o Fabinho. Extremamente técnico, dedicado ao esporte e grande amigo, participou da aberturas de vários pontos de escalada esportiva no Rio de janeiro, Petrópolis e região. Uma perda grande.

Relato de Escalada Platô da Lagoa

De: Naiara Maran

Mais um relato, dessa vez curtinho:

Eu e Guilherme fomos quinta, domingo e hoje para o platô da Lagoa. Desde quinta que guiei à vista, sacando costura, uma via chamada "Pros que estão em casa" 3oIV até o penúltimo lance, o domínio de uma barriguinha com um trabalho de pé no talento, sem mão, depois agarrinhas  altas e um pé bem alto. Essa via fica ao lado da Cristal Canibal e hoje de manhã, na seg do Victor Chileno, finalmente consegui guiar esse lance e mandar a via inteira. 

Ontem o Agostinho até se ofereceu para armar um top neste lance, mas eu recusei porque fiz questão de guiar à vista, sem costura pendurada - eis que nasce um ego de um escaladora. Enfim, depois de 3 dias batalhando, consegui. Minha 1a via à vista, estou muito feliz!

E o filhote mandou a Cristal Canibal guiando sem sacar as costuras, o Victor equipou a via e puxamos a corda. Mandou muito bem, guiou o mais difícil e parou dois grampos antes do final. Muito forte meu irmãozinho. Entrei na via depois dele, de top, com um kamon do Victor, "fiz" os dois primeiros grampos, realmente escalei o resto da via com minhas próprias pernas e ainda consegui guiar os dois últimos grampos, que o filhote deixou pra mim.

Escalar é preciso!



Croqui da via Astroboy - Irmão Maior

De: suzana hinds

Salve salve Graaler@
Saiu o croqui da via Astroboy, uma via incrível e muito difícil no Irmão Maior.
Pra quem já sabe escalar em móvel mas não quer repetí-la toda fica a sugestão de sair por trilha depois da P4, é um trecho bem divertido da via!

Bjs!

Suzana Hinds

Relato de Escalada Dumbo em Taquaril

De: Naiara Maran

Boa noite, gente!
 
Primeiro relato de escalada do ano:
 
Passei o Reveillon em Taquaril, cheguei no sábado e voltei hoje. No sábado, Sú Hinds, Guilherme e eu fomos na Meleca e depois curtimos uma piscina no Abrigo do Elefante.
Dormimos bem cedo (9:30) na intenção de acordarmos umas 4:30 para fazer a via Dumbo 4o VIIB E3, na Pedra do Elefante - no verão as vias ficam na sombra até às 11:30 da manhã.
 
Saímos do abrigo 5:45, seria apenas 1 hora de trilha até à base, mas conseguimos nos perder e levamos increditáveis 3 horas varando mato, com equipamento, 2 cordas (para o rapel), além de bastante água e comida.
 
Fomos parar na base errada e para não descer varando mato de novo, tocamos para a esquerda por um costão na pedra até que chegarmos na via - só que na altura do 4o grampo dela, a 60m do solo. Como não vimos o grampo, o jeito foi desescalar o costão de aderência suja de tênis, cada uma com uma corda...eu daria um 3o grau pro costão.
 
Finalmente na base da via, começamos, a escalada,Sú guiando e eu participando com a corda dela de 70m na mochila. A 1a enfiada tem 4 grampos, tipo assim, tem 1 grampo a cada 20m. Sú mandou muito bem, logo do 1o pro 2o grampo tem um lance liseba sinistro.
 
Na 2a enfiada, Sú também pegou um lance difícil.
 
Na 3a enfiada, foi a minha vez de guiar. Botei pra jogo num crux de 4o bem vertical com 2 passadas altas em aderência, só no talento, sem mão nenhuma. Mandei e fiquei muito feliz, até comemorei sem saber que minha comemoração estava sendo observada do Abrigo de binóculo.
 
Depois, a escalada ficou mais tranquila, mas eu não via o grampo. Sú falou que era assim mesmo, para eu continuar que uma hora o grampo iria aparecer. Na boa, escalei uns 10m sem notícias do grampo, estiquei só 20m até chegar a ele e puxar a Sú para encerrarmos a escalada porque o sol estava castigando.
 
Unimos as cordas para o rapel e no último rapel, a corda prendeu e lá foi Sú bravamente resgatar a corda debaixo de um sol sinistro.
 
Conseguimos nos perder de novo na volta, varamos mato, espinho...a melhor parte foi quando parei em cima de um formigueiro e as formigas gigantes começaram a subir em mim, eu tentei fugir, capotei e saí rolando ribanceira abaixo. Suzana novamente resgatou a corda do formigueiro.
 
Chegamos no abrigo sujas, arranhadas, exaustas e bem felizes com a guiada. Fomos recepcionadas por Ralf e Guilherme que riram muito da gente pela falta de senso de orientação. Tipo 3h de trilha dava pra ter feito uma travessia.
 
Depois foi só alegria, a galera toda chegou e se arrumou pra partir pra cachú, mas nós 2 ficamos dormindo - eu apaguei na rede a trde toda,uma delícia.
 
Amei a experiência, dividir a guiada tornou nós duas muito mais unidas porque  passamos pela mesma experiência juntas, aí rola um compreensão mútua, um entendimento. É muuito maneiro. Estou apaixonada por Taquaril e pretendo voltar muitas vezes.
 
beijos
 


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Naiara B Maran
Médica Veterinária